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Em 77, sensacional!

Maior público da história do Estádio do Café completa 43 anos neste 15 de fevereiro

Por Jefferson Bachega/ Londrina EC
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021
Em 77, sensacional!
O artilheiro e camisa 8 do Londrina, Carlos Alberto Garcia comemora o gol sobre o Corinthians. (Foto: Acervo Memorial Edson Henrique dos Santos)

Há 43 anos, no dia 15 de fevereiro de 1978, em partida válida pelo Grupo S do Campeonato Brasileiro de 1977, o Londrina Esporte Clube recebia o Corinthians, no Estádio do Café, jogo que marcava a 4ª rodada do grupo e também o maior recorde de público da história do ainda jovem, Estádio Municipal Jacy Scaff, com menos de dois anos de inauguração.

 

Antes de comentar sobre esse jogo, vamos voltar alguns dias, a data de 29 de janeiro do mesmo ano, quando o Tubarão abriu o Grupo S enfrentando o Caxias no Estádio do Café, tendo mais de 16 mil expectadores nas arquibancadas.

 

Com gols de Carlos Alberto Garcia e Brandão, o LEC começou a 3ª fase com o pé direito com três pontos, já que naquela época, a vitória por dois ou mais gols de diferença rendia ao clube vencedor os três pontos.

 

Três dias mais tarde, em outra partida no palco futebolístico londrinense com a massa Alviceleste tomando conta das apertas arquibancada, Zé Roberto ainda no primeiro tempo, fez o torcedor do Tubarão vibrar com seu gol e que foi o gol do triunfo do Londrina sobre o Flamengo. Somado os dois pontos da vitória e o LEC chegava aos cinco pontos em dois jogos.

 

Após dez dias e pouco mais de 530 km de viagem, o Londrina desembarcou na capital paulista, onde no Pacaembu, encarou o Santos. Sem temer o adversário, Carlos Alberto Garcia e o jovem Nivaldo, colocaram o Tubarão na frente do marcador, só que no final do jogo, Joãozinho diminuiu para o clube praiano, mas que não foi suficiente para derrubar aquela grande vitória Alviceleste, deixando o LEC com sete pontos na tabela.

 

Mais de 50 mil pessoas no Café

 

 

 

rar a classificação, já que o Vasco venceu a partida em Caxias do Sul por 5 a 1, conquistando os três pontos.

 

Outra quebra de recorde, dessa vez no Rio de Janeiro

 

A última rodada do Grupo S reservou uma verdadeira batalha. No Rio de Janeiro, no Estádio de São Januário, o Vasco recebia o Londrina para ver quem avançava às semifinais do Brasileirão de 1977. Para o clube cruzmaltino, só a vitória por dois ou mais gols interessava, o Tubarão ainda poderia perder por um gol de diferença, que já faria ainda mais história.

 

Em um ambiente totalmente hostil e com muita pressão adversário, o Tubarão viu 40.279 torcedores vascaínos lotarem as arquibancadas de São Januário acreditando no feito do clube carioca, porém, o que estava por vir, não deixariam todos os torcedores felizes, apenas uma pequena parcela que vestia as cores azul e branco.

 

Aos 8 minutos, aquela multidão conheceu o poder do LEC, Xaxá recuperou a bola na intermediária defensiva do Tubarão e fez um lançamento perfeito entre os defensores para Brandão, que saiu na cara do arqueiro cruzmaltino, o camisa 9 bateu de fora da área para abrir o placar e calar os torcedores vascaínos.

 

Outro que tem um destaque enorme neste jogo é o goleiro Mauro, que foi titular naquela partida, pois o camisa 1 Alviceleste, Paulo Rogério estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Mauro simplesmente fechou a meta do Londrina, com chances de Roberto Dinamite e Abel, além de contar com as ajudas da trave e travessão.

 

No princípio do segundo tempo, Dirceu cobrou falta na lateral esquerda, não pegou bem na bola, mas quando a fase é boa, ela caiu na entrada da grande área nos pés de Carlos Alberto Garcia, que dominou e bateu de esquerda, a bola foi no ângulo esquerdo de Mazzaropi, colocando o segundo gol no marcador.

 

Após muitas confusões e objetos atirados para dentro do gramado pela insatisfeita torcida do Vasco, o árbitro apitou o final de jogo, que colocou o Tubarão nas semifinais do Campeonato Brasileiro e o Paraná no mapa futebolístico nacional.

 

Semifinais

 

Com o avanço de fase, o Tubarão fez melhor campanha que o Atlético Mineiro, por isso, faria a primeira decisão no Estádio Mineirão e a volta no Estádio do Café. Na chegada do time a capital mineira, o presidente do LEC, Carlos Antônio Franchello, em tom de brincadeira, foi vestido com a camisa do Corpo de Bombeiros de Londrina. E por enfrentar uma equipe onde os torcedores apoiavam muito o clube, Franchello destacou que o Tubarão estava ali para apagar o fogo da torcida amiga...

 

 

 

Na hora do jogo, que foi muito quente mesmo e muitos destacam que foi o melhor jogo daquele campeonato, o Galo mineiro empurrado por 96.404 torcedores foi para cima do Tubarão, que não deixava por menos e mostrava os atributos de ter chegado naquele momento.

 

Com 18 minutos, Carlos derrubou Reinaldo na área e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Ziza deslocou Paulo Rogério e abriu o placar. Aos 31’, Ziza cruzou na área e Reinaldo testou a bola, ela foi nas mãos de Paulo Rogério, porém, se descuidou e a bola acabou morrendo no fundo das redes Alviceleste.

 

Quem via o placar, imaginava que o jogo já estava liquidado, que nada, não para o Londrina. No segundo tempo, após ótimo passe, Brandão saiu na cara de João Leite, bateu de perna esquerda, entre as pernas do goleiro, para diminuir o placar.

 

Em jogada pela esquerda, Ziza cruzou e Reinaldo desviou para ampliar o marcador para o clube mineiro. Só que os comandados de Armando Renganeschi não desistiram e com um ótimo cruzamento de Zé Antônio, Carlos Alberto Garcia cabeceou no ângulo direito do Galo, diminuindo novamente o placar.

 

Já nos acréscimos, em jogada pela direita, Reinaldo recebeu dentro da área, limpou da marcação e marcou o último gol daquele jogo, dando os números finais de 4 a 2 para o clube mineiro.

 

Na partida de volta, em 1º de março, no Estádio do Café, o Tubarão precisava reverter a vantagem do Atlético Mineiro, mas com a necessidade de sair para o jogo, poderia sofrer na defesa. No primeiro tempo, Caio Cambalhota, substituto de Reinaldo neste jogo, marcou duas vezes para o clube mineiro, dificultando demais o trabalho Alviceleste.

 

Ainda no primeiro tempo, o LEC correu atrás do marcador e chegou ao primeiro gol com Brandão, que de peito completou a bola após um desastre da defesa do Galo. No segundo tempo, Ademar empatou o jogo para o Tubarão, aumentando as expectativas, mas não foi o suficiente para avançar à final do Brasileirão.

 

Na classificação geral, o Tubarão terminou como o 4º melhor time da competição nacional. Pela primeira vez, o clube paranaense chegava tão longe no Campeonato Brasileiro e que alguns anos mais tarde, se tornou o primeiro clube do Estado a vencer um campeonato a nível nacional. Até hoje, é a melhor colocação de um clube do interior paranaense no Campeonato Brasileiro da Série A.

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