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Ídolo, pai e treinador: Filho de Neneca segue os passos do pai no Londrina

Goleiro do sub-17 do Londrina Esporte Clube, Hélio Miguel Junior carrega o nome do pai, apelido e mesma posição no Tubarão

Por Jefferson Bachega/ Londrina EC
quarta-feira, 17 de junho de 2020
Ídolo, pai e treinador: Filho de Neneca segue os passos do pai no Londrina
No caminho do pai! Neneca está no sub-17 e se inspira na carreira do pai para poder crescer no Londrina. (Foto: Reprodução)

Quando se fala o nome de Hélio Miguel em Londrina e em várias partes do Brasil, todo mundo se recorda do grande goleiro que foi. Quando se fala em Neneca, é unanimidade o reconhecimento com histórias, os grandes títulos e recordes que ele conseguiu ao longo de sua carreira.

 

Desde a escolinha do Londrina Esporte Clube, um menino se destacava, não só por ter escolhido ser um goleiro, mas pelo seu nome: Hélio Miguel Junior. Filho do ídolo do LEC, campeão Paranaense em 1981, escolheu a mesma posição do pai e tem o mesmo apelido.

 

Com 16 anos, Neneca é um dos goleiros da categoria juvenil (sub-17) do Alviceleste. No ano de 2019, integrou o time vice-campeão Paranaense da categoria.

 

Em janeiro de 2015, seu pai, Neneca, que lutava contra uma leucemia, faleceu. Com 11 anos na época, Hélio Miguel Junior relembrou os momentos vividos com seu pai. “Meu pai foi um super pai. Foi meu ídolo, meu primeiro treinador e quem me fez ter amor pelo futebol”, disse o goleiro do sub-17 do Tubarão.

 

Neneca comentou que o falecimento do seu pai foi um momento extremamente triste. “Foi muito triste, uma perda irreparável, embora ele estivesse sofrendo com muitas dores, um filho nunca quer perder o seu pai”.

 

Como um grande contador de histórias, o ex-goleiro passou muito das suas histórias para o pequeno Hélio Miguel e o Campeonato Paranaense de 1981, era uma das suas histórias prediletas. “Ele contava muitas histórias. Ele tinha um enorme prazer em me contar de quando foram campeões paranaense em 1981 contra o Grêmio Maringá”, lembrou Neneca.

 

Neneca revelou que seu início como goleiro na escolinha do Londrina não era exatamente o que seu pai queria, pois para o grande ídolo londrinense, goleiro é uma posição ingrata. “Na verdade, foi por uma opção só minha [ser goleiro], por ele [Neneca], eu jogaria na linha. Ele costumava dizer que no futebol, a posição mais ingrata é a de goleiro. Para a torcida se o time ganha, mérito do atacante, se perde, a culpa é do goleiro”, relatou aos risos.

 

Hélio Miguel Junior sempre foi chamado de Neneca por conta de ser o filho do ídolo londrinense e para ele, é uma honra e um grande desafio. “Um orgulho e ao mesmo tempo, uma responsabilidade enorme, afinal não só para mim como filho, mas para a história do futebol, este nome tem um peso enorme”, enfatizou o arqueiro.

 

Quando Neneca conta que é filho do grande ídolo londrinense, os torcedores do Tubarão pedem para tirar fotos e contam histórias do ex-goleiro. “Muitos querem tirar foto comigo, devido a eu ser filho de alguém que fez história no Londrina. E sempre falam da sua forma “elástica” de jogar e que era o dono da pequena área, o mão de onça”, destacou Neneca.

 

O goleiro do sub-17 comenta que sempre vê as defesas e jogos do seu pai e toca em um assunto diferente, sobre a modernidade de Neneca, nos anos 70 e 80. “Sim, vejo sempre [jogos do Neneca], realmente a visão de jogo que ele tinha era bem mais avançada para aquela época”, recordou o arqueiro.

 

Normalmente os filhos de grandes atletas sofrem com a pressão externa e as vezes, até de dentro da família. Segundo Neneca, sua família não o cobra pelo peso de ser filho de um grande goleiro. “Todos eles têm um orgulho imenso, mas nunca me cobraram por isso. Minha mãe tem uma frase que é: Apenas faça o que te der e se te der prazer”, afirmou Hélio Miguel Junior.

 

Olhando para o futuro, Neneca diz ter um carinho enorme pelo Londrina e que se puder se profissionalizar pelo clube em que seu pai foi campeão e tinha um carinho enorme, seria um grande começo para sua carreira.

 

No final de 2019 e em 2020, Neneca pôde trabalhar alguns períodos com categorias superiores à da idade dele, fazendo o trabalho de preparação da Copa São Paulo de 2020 com a equipe sub-19 e a pré-temporada com a equipe principal em janeiro de 2020. Para o goleiro, são essas experiências que irá lhe dar um bom aprendizado. “Poder jogar com pessoas mais experientes é sempre um grande aprendizado. Uma oportunidade dessas é para poucos e eu tive este prazer”, relatou Neneca.

 

Em nosso Memorial Edson Henrique dos Santos, no Estádio Vitorino Gonçalves Dias, existem várias fotos e objetos do ex-goleiro Neneca. O goleiro do sub-17, destacou que alguns objetos foram levados por ele até o memorial. “Sim já conhecia esses materiais antes mesmo de estarem no VGD, pois foi eu que levei para lá. A chuteira e luva estavam com nossa família”, lembrou Neneca.

 

Sobre futuras comparações com seu pai, Hélio Miguel Junior espera ter uma carreira brilhante, mas só trabalhando muito, pois só o nome não irá trazer resultados. “Na verdade, tenho trabalhado para ter uma carreira brilhante. Comparações sempre vão ter, mas se não fizer minha parte, o nome do meu pai não trará resultados”, enfatizou o arqueiro.

 

O goleiro do sub-17 destaca que o carinho que os torcedores tinham e ainda têm pelo seu pai aconteceu por Neneca também tinha um enorme carinho pelo Londrina e seus torcedores. “Acho que realmente ele construiu este nome, e todo esse carinho por ele, talvez se deva não só pelas grandes defesas, mas também pelo carinho que ele tinha pelos torcedores”, finalizou Neneca.

 

O goleiro do sub-17, continua seus treinos em casa durante essa pandemia. Em 2020, Neneca brigaria pela vaga de titular da categoria juvenil, que tinha Campeonato Paranaense sub-17, Copa do Brasil sub-17 e também a Liga de Londrina como competições neste ano.

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