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Londrina Esporte Clube 64 anos: 22 anos depois, Londrina faz a festa no Estádio Willie Davids e leva outro Paranaense

Nas cobranças de pênaltis, Tubarão supera o Maringá FC e trouxe o tetra para Londrina

Por Assessoria de Imprensa
sábado, 04 de abril de 2020
Londrina Esporte Clube 64 anos: 22 anos depois, Londrina faz a festa no Estádio Willie Davids e leva outro Paranaense
Jogadores fizeram a festa com os torcedores no Estádio Willie Davids, em Maringá-PR. (Foto: Robson Vilela/ Redação em Campo)

Após um período muito difícil, principalmente nos anos 2000, o Londrina voltou a conquistar o Estadual em 2014. Não foi uma campanha tranquila, onde conseguiu a classificação apenas na última rodada e precisou de uma virada épica nas semifinais para buscar a conquista.

 

Comandado pelo técnico Cláudio Tencati, vários jogadores tiveram muita importância no título: O goleiro Vitor, os zagueiros Dirceu e Gilvan, e o atacante Arthur, artilheiro da equipe na competição.

 

Modo de disputa

 

Diferente do ano anterior, o Campeonato Paranaense de 2014 foi disputado entre 12 clubes, com apenas um turno, onde todos se enfrentavam. Os oito melhores, se classificavam as quartas de final, em mata-mata, assim até a grande decisão.

 

Naquele Estadual, o Londrina teve pela frente: Rio Branco, Prudentópolis, Toledo, Operário Ferroviário, Athletico Paranaense, Cianorte, Paraná Clube, Maringá FC, Coritiba, JMalucelli e Arapongas.

 

Campanha

 

Com grande expectativa após ser líder da classificação geral em 2013, o Tubarão entrou na competição para buscar o título, que não conseguiu na campanha do ano anterior. Com vários nomes novos na equipe, o técnico Cláudio Tencati moldou os jogadores com sua característica.

 

O goleiro Vitor, recém-chegado ao clube, destacou como era a visão dos atletas e comissão técnica para a temporada de 2014. “Quando cheguei ao time, tinha a visão que o clube não podia estar na situação que estava, sem calendário no Brasileiro, então meu pensamento era subir o time e ter o Estadual como uma preparação, porém, ele foi mais do que isso”, comentou o arqueiro.

 

Nas primeiras rodadas, o Tubarão oscilou muito, tendo nas cinco primeiras rodadas, apenas duas vitórias, o que fez ter uma pressão muito grande sobre jogadores e comissão técnica, mas que deram a volta por cima dentro da competição.

 

A partir da 6ª rodada, o time conquistou pontos importantes, como a vitória sobre o Maringá FC e empates fora de casa contra o Athletico Paranaense e Cianorte, porém, o empate em casa contra o Paraná Clube e a derrota em Curitiba para o JMalucelli, ligaram o alerta no LEC. Na última rodada, o Alviceleste enfrentaria o Coritiba em casa e tendo alguns cenários. Se vencesse, poderia entrar entre os quatro primeiros classificados, fazendo o jogo de volta das quartas de final em casa. Se perdesse, poderia não se classificar, o que colocaria o time no Torneio da Morte, onde os dois últimos seriam rebaixados.

 

Por tudo que representava a partida, o goleiro Vitor enfatizou que aquela partida foi a primeira final que o LEC encarou na competição, além de algumas mudanças certeiras de Cláudio Tencati na equipe, com a entrada dos jovens jogadores, Bidía e Joel como titulares. “No último jogo contra o Coritiba encaramos como uma final, para o time que queria ir a final, teria que passar pelo Coritiba, pois seria uma grande prova. Foi o que fizemos, encaramos como uma final, o torcedor entendeu a situação e começou a nos apoiar”, relembrou Vitor.

 

Com a bola rolando, Arthur e Rone Dias marcaram os gols do Alviceleste, que garantiu a vitória e a classificação na 4ª colocação, o que dava o direito de fazer a segunda partida em casa, nas quartas de final. O adversário seria o JMalucelli.

 

Com o engajamento em torno do time, muitos torcedores foram à Curitiba acompanhar a primeira partida. Rone Dias abriu o placar para o Tubarão, o clube da capital empatou no final do primeiro tempo, mas Joel, em um chute cruzado da entrada da área, determinou a vitória e vantagem para o jogo no Estádio do Café.

 

Na volta, com o apoio do torcedor em bom número, uma partida bastante truncada, Arthur e Alexandre Oliveira marcaram os gols Alviceleste, colocando o LEC nas semifinais. “O JMalucelli sempre montou boas equipes, mas o jogo contra o Coritiba foi um ponto crucial, o ponto da virada para a equipe, para pensar em coisas grandes dentro da competição”, concluiu Vitor.

 

Nas semis, o Athletico Paranaense seria o adversário. O primeiro jogo no Ecoestádio, o Tubarão saiu na frente com Joel, mas na segunda etapa, em poucos minutos, o Furacão virou o jogo e venceu por 3 a 1. Além da derrota, o LEC perdeu Bidía, que foi expulso para a partida da volta.

 

Com muita mobilização da torcida em uma quinta-feira a noite, mais de 14 mil torcedores compareceram ao Estádio do Café. Antes da bola rolar, os torcedores organizaram um corredor na chegada do time, para incentivar a equipe para reverter o resultado. “Aquele corredor foi fantástico, a galera se mobilizando pelas redes sociais, nós acompanhando tudo aquilo, a maioria ficou muito surpreso pela quantidade de gente, aquilo acabou sendo uma marca em jogos decisivos. A gente sentia o carinho do torcedor, a gente descia do ônibus bem motivados para chegar dentro de campo e fazer uma grande partida, para corresponder aquele carinho”, lembrou o arqueiro.

 

Dentro de campo, no início da partida, o Athletico aumentou a vantagem. Incentivados pelo canto do torcedor, Tencati mexeu na equipe, colocou Lucas Gomes no lugar de Anderson Leite, deixando o time bastante ofensivo. No final do primeiro tempo, Joel cruzou e Arthur, completou para o gol, empatando a partida.

 

No começo da segunda etapa, Joel virou o jogo, com um chute no ângulo esquerdo de Rodolfo. Pouco minutos depois, em jogada de escanteio, Arthur igualou o placar do jogo de ida. Na metade do segundo tempo, em outra cobrança de escanteio, Arthur novamente, fez seu hat-trick e colocou o Londrina na final do Estadual.

 

O adversário seria um clube do interior, o Maringá FC, sendo que o jogo decisivo aconteceria na Cidade Canção. O goleiro Vitor acrescentou que o Maringá como o Londrina, havia crescido dentro da competição e que era preciso ter todo cuidado com a equipe deles, mas buscando os pontos fortes do LEC para ser campeão.

 

Na partida de ida, no Estádio do Café completamente lotado, Joel abriu o placar para o Tubarão. Poucos minutos depois, Gabriel Barcos empatou o jogo. Na segunda etapa, Celsinho colocou o Alviceleste na frente, porém, Baiano em um chute de fora da área, empatou a partida e levou o jogo em igualdade para Maringá.

 

No dia 13 de abril de 2014, o Estádio Willie Davids também estava lotado, de um lado 18 mil torcedores do clube da casa, porém, do outro, mais de dois mil torcedores do Tubarão lotaram seu espaço nas arquibancadas e comandaram o Londrina. O time da Cidade Canção pressionou muito nos primeiros minutos, obrigando o sistema defensivo a trabalhar bastante, porém, aos 26 minutos do 1º tempo, Maicon Silva em ótima jogada individual, fez a torcida Alviceleste calar o Willie Davids.

 

Três minutos mais tarde, Cristiano empatou o jogo. Assim foi até o apito final da partida, muita pressão do Maringá e o LEC buscando jogadas pontuais para garantir o título, mas a partida se encerrou empatada, levando para as cobranças de pênaltis.

 

“A disputa dos pênaltis não foi algo do acaso, a gente treinava desde o início do ano, então já estávamos preparados para isso”, disse Vitor sobre a decisão ir para as penalidades. Após o sorteio, o Londrina iria cobrar as primeiras penalidades.

 

Rone Dias foi o encarregado da primeira cobrança, mas parou na defesa do goleiro adversário. Na sequência, Max e Pequi, fizeram para o time da casa e Paulinho, para o LEC. O capitão Dirceu, cobrou a terceira penalidade e igualou o placar.

 

Fábio Martins foi para a terceira cobrança e parou nas mãos de Vitor, que caiu no canto esquerdo e segurou a bola entre seus braços. Sílvio, do Tubarão e Léo Maringá, do MFC, deixaram a decisão para as últimas cobranças, com dois acertos.

 

Arthur, bateu no meio do gol, dando ares dramáticos para a cobrança, mas balançando a rede do Maringá FC. Na última cobrança, Cristiano ficou frente a frente com Vitor, o goleiro sabia que iria fazer a defesa daquele pênalti. “Estava tão focado nas cobranças, que no último pênalti, eu perdi as contas. Tinha certeza que iria pegar a cobrança do Cristiano, que era o último batedor, porém, na hora me deu um branco e nem acreditava que tinha acabado”, relembrou o goleiro de uma história engraçada.

 

Só que Vitor não fez a defesa do pênalti de Cristiano, mas viu de perto, a cobrança ir à direita da trave e só alegria dali em diante, com o tetra campeonato conquistado. “Foi fantástico, da forma que foi o jogo, a disputa saudável, as brincadeiras, as comemorações, acho que foi uma final que entrou para a história”, acrescentou o arqueiro.

 

Na volta para Londrina, os jogadores foram direto para a Avenida Higienópolis, ponto tradicional das comemorações de conquistas Alvicelestes. Os jogadores subiram em carro aberto do Corpo de Bombeiros, desfilaram para muitos torcedores, que cobriram a avenida de azul e branco, fazendo uma festa até altas horas da noite.

 

O time que entrou em campo em Maringá na final foi: Vitor; Maicon Silva, Dirceu, Gilvan e Paulinho; Diogo Roque (Sílvio), Bidía, Rone Dias e Celsinho (Lucas); Joel (Alexandre Oliveira) e Arthur. Técnico: Cláudio Tencati.

 

Ainda participaram da campanha: Guilherme, Anderson Leite, Maicon, Grolli, Júnior Paraíba, Robinho, Marcondes, Neílson, Fabinho e André Lima.

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